quarta-feira, junho 09, 2010

“É ai que me refiro”




Filho mais velho de três irmãos, todos ligados a música, João Luiz Nolte Martins traz a musicalidade de berço. Aos três anos de idade iniciou sua "carreira artística" acompanhando o avô em reuniões familiares.
Aos sete anos permitiu que a vocação "cantasse" mais alto, ingressando no conservatório de música onde deu início a sua formação musical.
Aos nove anos surgiu o contato e o gosto pela vida rural. O tempo passado no campo era sempre "pouco" lembra com saudade "Joca" Martins, apelido dado pelo pai de um parceiro de campo e de infância.
Aos treze anos, quando seu irmão ganha o primeiro violão profissional começam as apresentações ao público não tão familiar, acompanhados sempre pelo avô em interpretações de belas canções como a tradicional "Fita Amarela" de Noel Rosa.
Influenciado pelo surgimento da Califórnia da Canção Nativa e de talentos como: o missioneiro Cenair Maicá, o pajador Jayme Caetano Braun, Renato Borghetti da cabeleira e da bombacha arregaçada e pela então inevitável revolução musical do Rio Grande do Sul tomou como objetivo levar adiante o gosto de compor e cantar as "coisas" e os "causos" da terra gaúcha.
Em 1985 cria o grupo "Comparsa Cancioneira" e em 1986 o grupo "Ontonte", formados por Negrinho Martins, Fabiano Bachieri e Fernando Saalfeld. Começa neste instante a sua incursão pelos festivais.
Com uma voz privilegiada e admirador de canto lírico, Joca Martins viaja a Curitiba onde aprimora seus conhecimentos com renomados mestres como o barítono italiano Rio Novello, uma das maiores cantoras líricas do Brasil Neyde Thomaz, dando seqüência ao seu aprimoramento com o maestro Sérgio Sisto. É quando participa então, com sucesso, da ópera "La Traviata".
Em 1995 lança-se no mercado fonográfico, pela "USA Discos" com o primeiro CD intitulado "XUCRO OFICIO" (com composições de Jayme Caetano Braun, Xiru Antunes, Carlos Madruga, Luiz Marenco, Anomar Danúbio Vieira e Zulmar Benitez) que resulta em mais de três mil exemplares vendidos.
Intérprete reconhecido, músico, letrista e compositor Nativista de presença marcante é considerado pela imprensa especializada um dos intérpretes mais "campeiros" do nativismo. Citado pela mídia como quem possui "Todo o Lirismo da Pampa" (Jornal do Povo 1999).
Tendo marcado presença nos mais diversos eventos acumula prêmios e êxitos. Arrebatou primeiros lugares em diversos festivais, soma mais de 40 músicas premiadas e prêmios de "Melhor intérprete" por todo o Rio Grande do Sul. È possuidor de mais 200 composições, tendo sido 100 delas já gravadas. Já defendeu composições de quase todos os autores nativistas e hoje, incontestavelmente, ocupa um lugar de respeito e peso na música tradicional nativista da nossa terra e entre os músicos gaúchos.
Parcerias musicais: Privilegiou-se de oportunidades enriquecedoras como a de compor em parceria com grandes nomes da música Rio Grandense, dentre eles estão: Jayme Caetano Braun, Cenair Maicá, Lauro Corrêa Simões, Sérgio Duarte Tarouco, Sérgio Carvalho Pereira, Marco Antônio Xiru Antunes, Jaime Brum Carlos, Juarez Machado de Farias entre outros.
Possui treze CDs e um DVD lançados:
Xucro Ofício (1995), Dos Ancestrais até aqui (1999), Vida Buena (2000), 30 Anos de Califórnia (2001), Por ter querência na alma (2002), Clássicos da Terra Gaúcha (2003), O Cavalo Crioulo (2004), Joca Martins canta poemas de Jayme Caetano Braun (2005), Joca Martins "Ao Vivo" Grandes Sucessos da Califórnia da Canção Nativa (2005), Sobre um Homem que Vinha num Mouro (2006), Domingueiro (2007), Pampa (2008), Cavalo Crioulo 2 (2009)

Culinária Campeira
CHARQUE NO ESPETO
INGREDIENTES:

2 kg de charque gordo, de manta, novo.
PREPARAÇÃO:
Lavar bem o charque e deixar de molho durante 2 horas. Espetar e enxugar com um pano bem limpo. Levar às brasas com a parte da gordura virada para o fogo. Em seguida virar para que a gordura penetre no lado que é magro. Servir com um bom pirão feito com leite. Preparo: 30 minutos. Para 8 pessoas.

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