quinta-feira, outubro 30, 2008

Vocabulario Xucro

O sotaque mais xucro, grosso e assustador de todo o universo conhecido
(e do desconhecido também) é o nosso, oriundo do gaúcho bravio,
meio italianado.
Esse dicionário é quase perfeito, especialmente
para quem não é 'nativo' deste chão!!!

Alemoa: loura
Apinchá: jogar, atirar
Atorá: cortar
Avil: isqueiro
Baita: grande
Bostiá: incomodar
Briquiá: trocar, de mano ou não
Cagar a pau: bater
Camassada de pau: apanhar
Campiá: procurar
Catrefa: pessoas que não valem nada
Chumaço: conjunto de alguma coisa
Cóça de laço: apanhar (tomar cóça de laço)
Crêendios pai: exclamação quando algo dá errado
De revesgueio: de um tal jeito
De vereda: rápido
Deusolivre home: o mesmo que 'pare, home do céu'
Fincá: cravar
Fuque: fusca
Garrão: calcanhar
Incebando: enrolando, fazendo cera
Ingrupi: enganar
Ínôzá: amarrar (já viu palavra com todas as sílabas com acento?)
Intertê: fazer passar o tempo com algo
Inticá: provocar
Intuiado: cheio
Invaretado: nervoso
Japona: jaqueta de lã ou de algodão
Jóssa: coisa
Judiá: mal tratar
Kakedo: pessoas que não valem nada
Lasarento: xingamento, como filho da p...
Paiêro: cigarro de palha
Pânca: modo de se portar, por exemplo: panca de rico (jeito de rico)
Pare, home do céu: parar, o mesmo que 'se par de bobo' e 'deusolivre home'.
Pescociá: olhar para os lados, matar tempo
Pestiado: com alguma doença
Pexada: acidente
Piá pançudo: guri bobo
Podá: ultrapassar, ou cortar, o mesmo que apodá
Pozá: dormir em algum lugar
Pruziá: conversar
Rancho: compra do mês
Relampejando: trovejando
Resbalão: escorregar
Rinso: sabão em pó
Sinalêra: semáforo
'Se par de bobo: o mesmo que 'deusolivre home'
Táio: corte, ferimento
Tchuco: bêbado
Trupicá: tropeçar
Tunda de laço: apanhar (tomar uma tunda de laço)
Vortiada: passeio
Ximia: doce cremoso de passar no pão

Exemplo de aplicação:
Agora manda esse texto para intertê os teus amigos, aproveita enquanto teu chefe foi dá uma vortiada... Não sei como ele não vê que mesmo intuiado de serviço você fica incebando o dia inteiro... Pare de campiá desculpa, fica falando que tá pestiado e ainda consegue ingrupi o coitado do chefe... Mas vai logo, antes que ele volte e fique invaretado de te ver pescociando... Pare de se bostiá, home do céu, não seja malinducado e manda essa jóssa de uma vez...

quinta-feira, outubro 23, 2008

Históricos da Revolução


Panteão do Decêncio Heróico


Ao longo dos 10 anos, inúmeros nomes salientaram-se em ambos os lados, aureolando com a glória os heróis. Dentre eles, Bento Gonçalves da Silva protagonizou episódios onde a nobreza, a coragem e o desprendimento estiveram sempre em primeiro plano. Davi Canabarro (Davi José Martins), Antonio de Souza Neto (o proclamador da República Rio-grandense), João Antonio da Silveira, João Manoel de Lima e Silva (o primeiro e mais jovem general dos farrapos) e Bento Manoel Ribeiro formaram, junto a Bento Gonçalves, o sexteto dos generais farroupilhas.Luiz Alves de Lima e Silva, o Barão de Caxias, foi o militar brilhante e diplomata emérito ao lado do Império. A ele se deve a pacificação do Rio Grande do Sul. O tratado de paz, assinado pelos farrapos em Ponche Verde a 28 de fevereiro de 1845 e, pelos imperiais, às margens de Santa Maria no dia seguinte (1º de março), pôs fim a 10 anos de luta cruenta entre irmãos.
FAGUNDES, Antônio Augusto. Cartilha da história do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, MartinsLivreiro, 1986, p. 80-83.

A Gerra dos Farrapos


A Guerra dos Farrapos


A facção republicana dos farroupilhas, que não era majoritária, impôs-se às demais diante do fato consumado. Bento Gonçalves da Silva nem teve tempo de discutir o assunto da Proclamação da República porque, dirigindo-se ao encontro de Souza Neto, foi derrotado em pleno Jacuí, na ilha do Fanfa, e aprisionado junto com vários companheiros, sendo remetido para a fortaleza de Santa Cruz, Rio de Janeiro. A vocação brasileira dos republicanos rio-grandenses fica bem evidenciada pela expedição à Santa Catarina, onde proclamaram a República Juliana, e pela recusa sistemática de receber recursos humanos dos países platinos para combater o Império do Brasil.Ao longo das vicissitudes da guerra, muitas vezes carregando a Capital da República, o Tesouro Nacional e até a Imprensa Oficial no lombo, os farrapos organizaram o Exército (Cavalaria, Infantaria e Artilharia), a Marinha de Guerra e a Polícia. Montaram um sistema fiscal adequado, sem que se verificassem requisições escandalosas ou esbrulhos. Construíram escolas públicas, cidades, estradas e pontes e, mais do que isso, a economia do Estado, centrada no charque e na exportação do gado em pé, não sofreu maiores abalos. Certamente, graças a estes méritos que não houve lesões profundas com o Brasil, nem ódios acirrados, os rio-grandenses terminaram por conseguir, através do Barão de Caxias, uma paz altamente honrosa, verdadeira vitória, celebrada em igualdade de condições de potência a potência. Os encontros armados entre as duas nações em luta foram numerosos ao longo dos nove anos. Basta, para o presente estudo, dizer que foram escaramuçadas, combates, cercos e batalhas (quando entram em ação a Cavalaria, Infantaria e Artilharia) em terra. No mar, na Lagoa dos Patos e nos rios houve inúmeros combates navais, onde brilhou, em ação, a Marinha Republicana.

terça-feira, outubro 14, 2008

O Causo das Escrituras Sagradas

Este texto anônimo foi encontrado escrito a ponta de faca no balcão de um bolicho, hoje Tapera-RS, no Passo do Elesbão, 'Quinto Distrito de Cacequi':
O causo das escrituras
Pois não sei se já les contei o causo das Escrituras Sagradas. Se não les contei, les conto agora. A história essa é meio comprida, mas vale a pena contá por causa dos revertério. De Adão e Eva acho que não é perciso contá os causo, porque todo mundo sabe que os dois foram corrido do Paraíso por tomá banho pelado numa sanga. Naqueles tempo, esse mundaréu todo era um pasto só sem dono, onde não tinha nem dele nem meu. O primeiro índio a botá cerca de arame foi um tal de Abel. Mas nem chegou a estendê o primeiro fio porque levou um pontaço no peito do irmão dele, um tal de Caim, que tava meio desconforme com a divisão. O Caim, entonces, ameaçado de processo feio, se bandeou pro Uruguay. Deixou o filho dele, um tal de Noé, tomando conta da estância. A estância essa ficava nas barranca de uma corredera e o Noé, uns ano despois, pegou uma enchente muito feia pela frente. Cosa munto séria. Caiu água uma barbaridade. Caiu tanta água que tinha até índio pescando jundiá em cima de cerro.
O Noé entonces botou as criação em cima de uma balsa e se largou nas correnteza, o índio velho. A enchente era tão braba que quando o Noé se deu conta abalsa tava atolado num banhado chamado Dilúvio. Foi aí que um tal de Moisés varou aquela água toda com vinte junta de boi e tirou a balsa do atoleiro. Bueno, aí com aquele desporpósito, as família ficaram amiga. A filha mais velha do Noé se casou-se com o filho mais novo do Moisés e os dois foram morá numa estância muito linda, chamada estância da Babilônica. Bueno, tavam as família ali, tomando mate no galpão, quando se chegou um correntino chamado Golias, com mais uns trinta castelhano do lado dele. Abriram a cordeona e quiseram obrigá as prenda a dança uma milonga. Foi quando os velho, que eram de muito respeito, se queimaram e deu-se o entrevero. Peleia braba, seu. O correntino Golias, na voz de vamos, já se foi e degolou de um talho só o Noé e o velho Moisés. E já tava largando planchaço em cima do mulherio quando um piazito carretero, de seus dez ano e pico, chamado Davi, largou um bodocaço no meio da testa do infeliz que não teve nem graça. Foi me acudam e tou morto. Aí a indiada toda se animou e degolaram os castelhano. Dois que tinham desrespeitado as prenda foram degolado com o lado cego do facão. Foi uma sanguera danada. Tanto que até hoje aquele capão é chamado de Mar Vermelho. Mas entonces foi nomeado delegado um ta l de major Salomão. Homem de cabelo nas venta, o major Salomão. Nem les conto! Um dia o índio tava sesteando quando duas velha se bateram em cima dum guri de seus seis ano que tava vendendo pastel. O major Salomão, muito chegado ao piazito, passou a mão no facão e de um taio só cortou as velha em dois. Esse é o muito falado causo do Perjuízo de Salomão que contam por aí. Mas, por essas estimativas, o major Salomão, o que tinha de brabo tinha de mulherengo.
Eta índio bueno, seu. Onde boleava a perna, já deixava filho feito. E como vivia boleando a perna, teve filho que Deus nos livre. E tudo com a cara dele, que era pra não havê discordância. Só que quando Deus nosso Senhor quer, até égua véia nega estribo. Logo a filha das predileção do major Salomão, a tal de Maria Madalena, fugiu da estância e foi sê china de bolicho. Uma vergonhera pra família. Mas ela puxou a mãe, que era uma paraguaia meio gaudéria que nunca tomo jeito na vida. O pobre do major Salomão se matou-se de sentimento, com uma pistola Eclesiaste de dois cano. Mas, vejam como é a vida. Pois essa mesma Maria Madalena se casou-se três ano despois com um tal de coronel Ponciano Pilatos. Foi ele que tirou ela da vida. Eu conheço uns três caso do mesmo feitio e nem um deles deu certo. Como dizia muito bem o finado meu pai, mulher quando toma mate em muita bomba, nunca mais se acostuma com uma só. Mas nesses contraproducente, até que houve uma contrapartida. O coronel Ponciano Pilatos e a Maria Madalena tiveram doze filho, os tal de aposto, que são muito conhecido pelas caridade que fizeram. Foi até na casa deles que Jesus Cristo churrasqueou com a cunhada de Maria Madalena, que despois foi santa muito afamada. A tal de Santa Ceia. Pois era uns tempo muito mal definido. Andava uma seca braba pelos campo. São José e a Virge Maria tinham perdido todo o gado e só tavam com uma mula branca no p otrero, chamada Samaritana. Um rico animal, criado em casa, que só faltava falá. Pois tiveram que se desfazê do pobre. E como as desgraça quando vem, já vem de braço dado, foi bem aí que estouraram as revolução. Os maragato, chefiado por uma tal de coronel Jordão, acamparam na entrada da Vila. Só não entraram porque tava lá um destacamento comandado pelo tenente Lazo, aquele mesmo que por duas vez foi dado por morto. Mas aí um cabo dos provisório, um tal de cabo Judas, se passou-se pros maragato e já se veio uns tal de Romano, que tavam numas várzeas, e ocuparam a Vila.
Nosso Senhor foi preso pra ser degolado por um preto muito forte e muito feio chamado Calvário. Pois vejam como é a vida. Esse mesmo preto Calvário, degolador muito mal afamado, era filho da velha Palestina, que tinha sido cozinheira da Virge Maria. Degolador é como cobra, desde pequeno já nasce ingrato. Mas entonces botaram Nosso Senhor na cadeia, junto com dois abigeatário, um tal de João Batista e o primo dele, Heródio dos Reis. Os dois tinham peleado por causo de uma baiana chamada Salomé e no entrevero balearam dois padre, monsenhor Caifás e o cônego Atanásio. Mas aí veio uma força da Brigada, comandada pelo coronel Jesus Além, que era meio parente do homem por parte de mãe e com ele veio mais três corpo de provisório e se pegaram com os maragatos. Foi a peleia mais feia que se tem conhecimento. Foi quarenta dia e quarenta noite de bala e bala. Morreu três santo na luta: São Lucas, São João e São Marco. São Mateus ficou três mês morre não morre, mas teve umas atenuante a favor e salvou-se o índio. Nosso Senhor pegou três balaço, um em cada mão e um que varou os pé de lado a lado. Ainda levou mais um pontaço do mais velho dos Romanos, o César Romano, na altura das costela. Ferimento muito feio que Nosso Senhor curou tomando vinagre na sexta-feira da paixão. Mas aí, Nosso Senhor se desiludiu-se dos home, subiu na Cruz, disse adeus pros amigo e se mandou-se de volta pro céu. Mas deixou os dez mandamentos, que são cinco e que se pode muito bem acolherá em dois: Não se mata home pelas costa, Nem se cobiça mulher dos outro pela frente.' Um abraço do tamanho do Rio Grande!!!

segunda-feira, outubro 13, 2008

Festivais e Eventos

"Monólogo a Pé" vence a Sesmaria da Poesia Gaúcha

O poema "Monólogo a Pé", de Guilherme Collares é o grande vencedor da 13ª Quadra da Sesmaria da Poesia Gaúcha realizada no dia 27 de setembro, na Câmara de Vereadores da cidade de Osório. A interpretação deste poema dá ao declamador Wilson Araújo o primeiro lugar entre os intérpretes do festival. Entre os amadrinhadores o primeiro lugar é do elenco de músicos formado por Carlitos Magallanes no Bandóneon, Diogo Matos no teclado e Luciano Salerno no serrote, que acompanha os declamadores Pedro Junior da Fontoura e Priscila Campeol na defesa do poema "Aquelas Luzes que Perdi no Dia".A Sesmaria da Poesia Gaúcha nesta 13ª edição presta homenagem ao poeta e compositor Jaime Brum Carlos.
Resultado completo:
POESIA:1º Lugar: Monólogo a Pé (Guilherme Collares) Intérprete: Wilson Araújo - Amadrinhador: Guilherme Collares2º Lugar: O Velho (Vaine Darde) Intérprete: Valdemar Camargo - Amadrinhador: Valdir Verona3º Lugar: Aquelas Luzes que Perdi no Dia (José Luiz Flores Moró) Intérpretes: Pedro Junior da Fontoura e Priscila CampeolAmadrinhadores: Carlitos Magallanes, Diogo Matos e Luciano Salerno
INTÉRPRETE:1º Lugar: Wilson AraújoPoesia: Monólogo a Pé - Autor: Guilherme Collares2º Lugar: Silvana Andrade Poesia: Romaria das Madres do Campo - Autor: Andréia Sá Brito3º Lugar: Valdemar Camargo Poesia: O Velho - Autor: Vaine Darde
AMADRINHADOR: 1º Lugar: Carlitos Magallanes, Diogo Matos, Luciano SalernoPoesia: Aquelas Luzes que Perdi no Dia ( José Luiz flores Moró)2º Lugar: Guilherme CollaresPoesia: Do Gaúcho a Dom Vicente (Marcio Madalena)3º Lugar: Valdir VeronaPoesia: O Velho (Vaine Darde)
Melhor Tema Sesmaria: Sesmaria D'Água e Sal (José Hoffman/Sebastião Corrêa)
Festivais
13ª Sesmaria da Poesia Gaúcha de Osório - 27 de setembro de 2008.
5º Aldeia da Música do Mercosul de Gravataí - 24, 25 e 26 de outubro de 2008.
3º Baqueria de Los Piñales de Vacaria - 30 e 31 de outubro a 1º de novembro de 2008.
23º Ponche Verde da Canção de Dom Pedrito e 7ª Mostra do Canto Campeiro - 07, 08 e 09 de novembro de 2008.
Encontro de Bandoneon de Passo Fundo – 15 de novembro de 2008.

5º Gruta em Canto de Nova Esperança do Sul - 28, 29 e 30 de novembro de 2008
23º Musicanto Sul-americano de Nativismo – 03 a 06 de dezembro de 2008.
10º Um Canto Para Martin Fierro de Santana do Livramento – 19, 20 e 21 de dezembro de 2008.
Encontro de Pajadores de Porto Alegre – 30 de janeiro de 2009.
O Rio Grande Canta Zé Mendes de Esmeralda, 13 a 15 de fevereiro de 2009

quarta-feira, outubro 08, 2008

A Revolução

O movimento político-militar vai de 19 de setembro de 1835 a 11 de setembro de 1836. Era a revolta de uma província contra o Império da qual fazia parte. A 11 de setembro, proclamava-se a República Rio-Grandense e já não se pode falar em revolução, mas guerra, a luta aberta entre duas potências políticas independentes e soberanas: uma república de um lado e um Império de outro. A Revolução Farroupilha irrompeu a 19 de setembro de 1835, quando os liberais, depois de inúmeras conspirações, sobretudo dentro das lojas maçônicas, partiram para a deposição do presidente Antônio Fernandes Braga, sustentando que este violava a lei e deveria ser substituído. Os farroupilhas Gomes Jardim e Onofre Pires desbarataram a Guarda Municipal (núcleo inicial da futura Brigada Militar do Estado), vindos do morro da Glória, e Fernandes Braga foge para o porto de Rio Grande, abandonando Porto Alegre. A 20 de setembro, Bento Gonçalves da Silva, vindo de Pedras Brancas (Guaíba) entra, triunfante, na Capital e, na ausência dos três primeiros vice-presidentes, empossa no governo o 4º presidente, Dr. Marciano Pereira Ribeiro, nomeando como Comandante das Armas o Cel. Bento Manoel Ribeiro, homem de personalidade difícil e caprichosa e sem convicção liberal, seguidor de seus próprios interesses, através dos quais se uniram os farroupilhas, no início do movimento.É ainda Bento Gonçalves que consegue, com o Rio de Janeiro, a nomeação do novo presidente, o deputado José Araújo Ribeiro, que assustado com a efervescência de Porto Alegre, resolveu, ao chegar do Rio de Janeiro, empossar-se em Rio Grande. Foi o bastante para que os farroupilhas, mais exaltados, retirassem-lhe o precário apoio. Bento Ribeiro troca de lado, voltando a servir o Império e, para seu posto, é nomeado o Major João Manoel de Lima e Silva, enquanto o Dr. Mariano Pereira Ribeiro foi mantido pela Assembléia Providencial como Presidente.

Musica Gaucha

Música
CDs
Versão do conterrâneo
Mariscal de América - Francisco Solano Lopez de Cláudio Bustos.

O disco do cantor e compositor paraguaio é uma obra épica, poética e musical que conta a história de Solano Lopez na versão de seus compatriotas. O CD com 53 faixas possui letras e narração histórica de Daniel Larrea, e glosas e músicas de Fermim Fierro. A interpretação é de Cláudio Bustos. O obra conta a vida pessoal e política de Solano Lopez, faz uma releitura histórica da Guerra do Paraguai com a força expressiva da nacionalidade própria dos latino-americanos e a versão do vencido. Resgata fatos que a história oficial do vencedor oculta e denuncia o maior holocausto de nosso continente. Um encarte com 24 páginas complementa informações do disco com as letras e acrescenta charges, mapas e gravuras do conteúdo e fotos dos artistas participantes. Além do valor histórico da gravação, o trabalho é uma obra de arte de fino requinte. Produzido no Paraguai e fabricado na Argentina. Arte Compartido. artecompartido@hotmail.com Claudio Bustos. claudiobustos90@hotmail.com

III Acorde da Canção Nativa.

Em DVD e CD o registro em áudio e imagem do festival da cidade de Camaquã é uma obra importante para a memória musical do Estado. O CD conta com as 13 músicas, já o DVD possui várias seções, dentre elas, as músicas a título de show, bastidores, makig Off, premiação, danças e depoimentos. Produzidas pelo Studio Zeus, sob a direção de Mauro Marques, ambas as mídias são distribuídas pela Prefeitura Municipal de Camaquã.

Rincão da Alma de Marcelo Oliveira.

O novo disco do cantor reconhecido nos festivais apresenta 14 músicas de autoria própria e de outros jovens compositores a exemplo de Rodrigo Bauer, Fabiano Torres, Luciano Fagundes, Juliano Gomez, Aluisio Rockenbach, e outros. O disco, com forte expressão campeira e bom nível poético-musical, conta com participações especiais de Luiz Marenco, Leonel Gomes, Lisandro Amaral, Jucá de Leon, /Daniel Zanotelli, entre outros. Vertical

De Cavalgadas e Rodeios de J. Barbosa.

O novo disco do cantor, compositor e acordeonista é uma preciosidade da arte campeira com sotaque fronteiriço. Todas as obras possuem autoria de Barbosa, contudo há parcerias com Edilson Villagran Martins, Quide Grande, Getúlio Silva e Albeni Carmo, entre outros. Com boa variação de ritmos e estilo bem campeiro, o CD conta com participação de Villagran e Luca lima. Independente.

Sesmaria da Poesia Gaúcha - 12ª Quadra.

O CD do festival de Osório apresenta dez poemas com autoria de importantes poetas e interpretação de alguns dos mais conceituados declamadores. Carlos Omar Vilella Gomes, Colmar Duarte, Pedro Junior da Fontoura, Liliana Cardoso, Guilherme Collares, Francisco Azambuja, Vaine Darde, Luis Flores Moré são alguns dos nomes responsáveis pelo repertório. Independente.

El Vuelo de mi Voz de Gabriel Luceno.

O novo disco do jovem pajador uruguaio apresenta 12 faixas com canções, poemas, milongas e cifras. São obras próprias e de importantes autores rio-pratenses, a exemplo de Wilson Saliwonczyk, Clodomiro Peres e Tabaré de Paula. O disco bem elaborado, demonstra o cantautor e instrumentista que é Luceno. Independente. Email: luceno rodayap212@ hotmail.com

Catedrales del Viento de Ricardo Pino.

O disco do “el payador patagónico” apresenta dez faixas, constando canções, zambas, poemas, milongas e recitados. O disco encerra com um improviso gravado ao vivo em contraponto com o também payador argentino Saul Henchul. É um trabalho importante para a cultura crioula argentina. Independente. (0054) 0299-156306074 P

Payadoras Argentinas vol 03 de Marta Suint e Liliana Salvat.

O CD com duas importantes pajadoras, autoras e cantoras argentinas apresenta pajadas, poemas e canções que exploram temas diversos com ambas que interpretam com talento e a maestria. O disco também conta com participação de Manuel Ocaña. Email: gringamdp@hotmail.com
Entre Amigos de Horácio Otero.O novo disco de “el puestero payador” é uma importante obra da arte rio-pratense. Há milongas, zambas, poemas e pajadas de autoria própria e na sua interpretação. Os pajadores convidados pelo argentino são José Curbelo, Marta Suint, Juan de Oar e Juan Alberto Lalanne. O CD, com bela produção artística e visual, aborda temas campeiros e universais contemporâneos. FADA Produciones.

Tocando a Lida de Tiago Souza.

O disco do jovem intérprete apresenta doze música campeiras com boas letras que retratam a vida do homem rural e melodias autênticas e de bom gosto. Nomes de autores também jovens como o intérprete assinam algumas composições, mas também há autores conhecidos a exemplo de Severino Rudes Moreira, Anomar Danúbio Vieira e Roberto Luçardo, entre outros. A produção bem cuidada é feita por Maurício Lopes que também é autor de algumas obras. Vertical.

De Alma Serrana de Porca Véia.

O novo CD do acordeonista, cantor e compositor de Lagoa Vermelha, porém um dos maiores representantes da música serrana, pós Bertussi, apresenta 14 faixas com obras de bom gosto. O disco conta com músicas inéditas e algumas regravações importantes como Faz de Conta de Telmo de Lima Freitas e Baile da Encruzilhada de Adelar e Honeyde Bertussi, entre outras. Além do próprio cantor outros nomes conhecidos assinam as obras do disco, a exemplo de Crioulo Batista, Amaro Peres e Nico Fagundes. Fernando Montenegro faz participação especial em duetos de gaita e de voz com Porca Véia. Vertical.

Luna Entera de Balbina Ramos.

O disco da coplera argentina apresenta 12 faixas com coplas de sua autoria, outras recolhidas do folclore e também de autoria de Pablo Manguini e Martin Alemán Mónico. O disco é uma preciosidade desta cultura tão particular do norte da argentina. É a expressão genuina dos povos crioulos daquele país. Independente. 0054 02234830932

Pilcha Gaucha

MOVIMENTO TRADICIONALISTA GAÚCHO
DIRETRIZES PARA A PILCHA GAÚCHA

O Movimento Tradicionalista Gaúcho, reunido na 67ª Convenção Tradicionalista Gaúcha, realizada em 29 e 30 de julho de 2005, na cidade de Tramandaí, aprovou as presentes DIRETRIZES para a "Pilcha Gaúcha", conforme determina o parágrafo único do Art. 1º da Lei n° 8.813 de 10 de janeiro de 1889, com alterações introduzidas pela 69ª Convenção Tradicionalista Extraordinária, realizada no dia 20 de maio de 2006, na cidade de Bento Gonçalves.


I - DA PILCHA PARA ATIVIDADES ARTÍSTICAS E SOCIAIS
Indumentária a ser utilizada nas atividades cotidianas, apresentações artísticas e participações sociais, tais como bailes, congressos, representações, etc.

1. PILCHA MASCULINA
- BOMBACHAS:
Tecidos: brim (não jeans), sarja, linho, algodão, oxford, microfibra.
Cores: claras ou escuras, sóbrias ou neutras, tais como marrom, bege, cinza, azul-marinho, verde-escuro, branca, fugindo as cores agressivas, fosforescentes, fugindo das cores contrastantes e cítricas, como vermelho, amarelo, laranja, verde-limão, cor-de-rosa.
Padrão: liso, listradinho e xadrez discreto.
Modelo: cós largo sem alças, dois bolsos na lateral, com punho abotoado no tornozelo.
Favos: O uso de favos e enfeites de botões, depende da tradição regional. As bombachas podem ter, nos favos, letras, marcas e botões.
Obs.: roupas de época não podem ter marcas.
Largura: com ou sem favos, coincidindo a largura da perna com a largura da cintura, ou seja, uma pessoa que use sua bombachas no tamanho 40, automaticamente deverá ter, aproximadamente, uma largura de cada perna de 40 cm.
Obs.
- A largura das bombachas, na altura das pernas, deve ser tal que a caracterize como tal e não seja confundida com uma calça.
- As bombachas deverão estar sempre para dentro das botas.
- É vedado o uso de bombachas plissadas e coloridas.
- CAMISA:
Tecido – preferencialmente algodão, tricoline, viscose, linho ou vigela, microfibra( não transparente), oxford.
Padrão – liso ou riscado discreto
Cores – sóbrias, claras ou neutras, preferencialmente branca. Evitando cores agressivas e contrastantes.
Gola – social (ou seja, abotoada na frente, em toda a extensão, com gola atual, com punho ajustado com um ou mais botões).
Mangas longas – para ocasiões sociais ou formais, como festividades, cerimônias, fandangos, concursos.
Mangas curtas – para atividades de serviço, de lazer e situações informais.
Camiseta de malha ou camisa de gola pólo – exclusivamente para situações informais e não representativas. Podem ser usadas com distintivo da Entidade, da Região Tradicionalista e do MTG.
Obs.: Vedado o uso de camisas de cetim e estampadas.
- BOTAS: De couro liso nas cores: preto, marrom (todos os tons) ou couro sem tingimento. É vedado o uso de botas brancas. As botas "garrão de potro" são utilizadas exclusivamente com traje de época.
A altura do cano varia de acordo com a região. Normalmente o cano vai até o joelho.
- COLETE: Se usar paletó poderá dispensar o colete.
Modelo tradicional (do mesmo tecido e cor das bombachas, podendo ser tom sobre tom), sem mangas e sem gola, abotoado na frente com a parte posterior (costas) de tecido leve, ajustado com fivela, de uma cor só, no comprimento até a altura da cintura.
- CINTO (GUAIACA): tendo de uma a três guaiacas, internas ou não, com uma ou duas fivelas frontais, ou de couro cru, com ou sem guaiacas, mas sempre com uma ou duas fivelas frontais, ambos deverão ter no mínimo 7cm de largura.
- CHAPÉU: de feltro ou pelo de lebre com abas a partir de 6 cm, com a copa de acordo com as características regionais.
Obs. É vedado o uso de boinas e bonés.
- PALETÓ: usado especialmente para ocasiões formais, podendo ser do mesmo tecido das bombachas, na mesma cor ou "tom sobre tom"
Obs: é vedado o uso de túnicas militares substituindo o paletó.
- LENÇO: no caso do uso com algum tipo de nó, com a medida de 25 cm a partir deste. Com o uso do passador de lenço, com a medida de 30 cm a partir deste. Nas cores vermelho, branco, azul, verde, amarelo, ou carijó nas cores supra citadas. É possível, ainda, carijós em marrom ou cinza.
- FAIXA: Opcional, se usada deverá ser lisa, na cor vermelha, preta de lã ou bege cru (algodão), de 10 a 12 cm de largura.
- ESPORAS: trata-se de peça utilizada nas lides campeiras. Nas representações coreográficas de danças tradicionais é admissível o seu uso.
Obs: é vedado o uso de esporas em bailes e fandangos
- PALA: De uso opcional. Se usado deverá ser no tamanho padrão, com abertura na gola. Poderá ser usado no ombro, meia-espalda, atado da direita para a esquerda. Poderá ser usado em todos os trajes.
- FACA: O uso da faca é opcional nas apresentações artísticas e vedado nas demais atividades sociais.


2. PILCHA FEMININA

- SAIA E BLUSA OU BATA: Nas apresentações artísticas, o traje feminino deve representar a mesma classe social do homem.
Saia com a barra no peito do pé, godê, meio-godê ou em panos.
Blusa ou bata de mangas longas, três quartos ou até o cotovelo (vedado o uso de "boca de sino" ou "morcego"), decote pequeno, sem expor os ombros e os seios, podendo ter gola ou não.
Tecidos: lisos e mais encorpados, sem usar enfeites dourados, prateados, pinturas à óleo e demais tintas e purpurinas, bordados, ter o cuidado de escolher cores harmoniosas e lisas, esquecendo as cores fortes, berrantes e fosforescentes.
- SAIA E CASAQUINHO: Saia com a barra no peito do pé, godê, meio-godê ou em panos, sem bordados.
Tecidos: lisos e mais encorpados, não transparente, sem usar enfeites dourados, prateados, pinturas à óleo e demais tintas e purpurinas. Bordados discretos, ter o cuidado de escolher cores harmoniosas e lisas, esquecendo as cores fortes, berrantes e fosforescentes.
Casaquinho: de mangas longas (vedado o uso de mangas "boca de sino" ou "morcego"), gola pequena e abotoado na frente.
Obs.: Saia com casaquinho (roupa de época), a saia deve ser lisa. No casaquinho poderá ter bordados discretos.
- VESTIDO: Inteiro e cortado na cintura ou de cadeirão ou ainda corte princesa com barra de saia no peito do pé, corte godê, meio-godê, franzido com ou sem babados.
Mangas – longas, três quartos ou até o cotovelo, admitindo-se pequenos babados nos punhos, sendo vedado o uso de "mangas boca de sino" ou "morcego".
Decote – pequeno, sem expor ombros e seios.
Enfeites – de rendas, bordados, fitas, passa-fitas, gregas, viés, transelim, crochê, nervuras, plisses, favos. É permitida pintura miúda, com tintas para tecidos. Não usar pérolas e pedrarias, bem como, os dourados ou prateados e pintura a óleo e demais tintas ou purpurinas.
Tecidos - lisos ou com estampas miúdas e delicadas, de flores, listras, petit-poa e xadrez delicado e discretos. Podem-se ser usados tecidos de microfibra, crepes, oxford. Não serão permitidos os tecidos brilhosos ou fosforescentes, transparentes, slinck, lurex, rendão e similares.
Cores – devem ser harmoniosas, sóbrias ou neutras, evitando-se contrastes chocantes. Não usar preto, as cores da bandeira do Brasil e do RS (combinações)
Na categoria mirim: não usar cores fortes (ex: marrom, marinho, verde escuro, roxo, bordô, pink, azul forte).
- SAIA DE ARMAÇÃO: Leve e discreta, na cor branca. Se tiver bordados, estes devem se concentrar nos rodados da saia, evitando-se o excesso de armação. O comprimento deve ser inferior ao do vestido.
- BOMBACHINHA: Branca, de tecido, com enfeites de rendas discretas, abaixo do joelho, cujo comprimento deverá ser mais curta que o vestido.
- MEIAS: Devem ser de cor branca ou bege e longas, o suficiente para não permitir a nudez das pernas.
- SAPATOS: Nas cores preta, marrom e bege, com salto 5 ou meio salto, com tira sobre o peito do pé, que abotoe do lado de fora ou botinhas pretas, marrom (vários tons de marrom). O salto da botinha é de 5cm.
Não é permitido: Uso de sandálias e nem de sapatos abertos com vestidos, saias e casacos e saia e blusa.(em nenhum momento é permitido o uso de sapatos abertos com pilcha feminina).
- CABELOS: Podem ser soltos, presos, semi-presos ou em tranças, enfeitados com flores naturais ou artificiais, sem brilhos ou purpurinas.
Obs.: O coque é permitido somente para prendas adultas e veteranas.
As flores poderão ser usados por prendas adultas e juvenis, bem como, um pequeno passador (travessa). As prendas mirins não usam flores. Proibido o uso de plástico.
- MAQUIAGEM: Discreta de acordo com a idade e o momento social.
OBSERVAÇÕES:
a. Nas atividades de serviço (torcida, atividades nas escolas, eventos campeiros), a prenda poderá usar: saia e blusa, bombachas feminina (lisa, sem bordado, com abertura lateral) e camiseta em manga com gola "V" ou redonda, com o símbolos da entidade, da Região Tradicionalista ou do MTG, chinelo campeiro (de couro), alpargata, alpargata de couro.
b. Nos Congressos, Convenções, Concursos de Prendas, Concurso de Peões (parte artística), Encontros Regionais, Visitas Sociais, não é permitido o uso de bombachas feminina.
c. A faixa das prendas deverá ser substituída por crachá sempre que estiver com o traje alternativo ou de bombachas.
d. A Categoria Mirim (masculino e feminino) usará pilcha de acordo com o que prescreve o "Livro de Indumentárias", editado pelo MTG.


















II - DA PILCHA CAMPEIRA
Indumentária a ser utilizada nas atividades campeiras, tais como rodeios, cavalgadas, desfiles e outras lidas.
1. PILCHA MASCULINA
CHAPÉU: de feltro ou pelo de lebre com abas a partir de 6 cm, com a copa de acordo com as características regionais.
Obs. É vedado o uso de boinas e bonés.
BARBICACHO: de couro cru, sola ou crina, podendo ter algum enfeite de metal.
LENÇO: no caso do uso com algum tipo de nó, com a medida de 25 cm a partir deste. Com o uso do passador de lenço, com a medida de 30 cm a partir deste. Nas cores vermelho, branco, azul, verde, amarelo, ou carijó nas cores supra citadas. É possível, ainda, carijós em marrom ou cinza.
CAMISA: estilo social, com mangas longas ou curtas, com colarinho e botões na parte frontal, em cores sóbrias, de acordo com as determinações regionais. Sendo vedado o uso de camiseta e camisa gola pólo.
Obs. A camisa deverá estar sempre por dentro das bombachas.
CINTO (GUAIACA): tendo de uma a três guaiacas internas, ou não, com uma ou duas fivelas frontais. Ou de couro cru, com ou sem guaiacas, sempre com uma ou duas fivelas frontais. Ambos deverão ter no mínimo 7cm de largura.
TIRADOR: de uso opcional, exceto para pealar. Quando usado, este substituirá o cinto quando tiver um reforço na parte superior (cintura) imitando um cinto, com ou sem guaiacas e que tenha no mínimo uma fivela de tamanho grande (5 a 7cm).
FAIXA: de uso opcional. Quando usada deverá ser de lã, nas cores preta ou vermelha.
BOMBACHAS: com ou sem favos, coincidindo a largura da perna com a largura da cintura, ou seja, uma pessoa que use sua bombacha no tamanho 40, automaticamente deverá ter, aproximadamente, uma largura de cada perna de 40 cm.
Obs.
- A largura das bombachas, na altura das pernas, deve ser tal que a caracterize como tal e não seja confundida com uma calça.
- As bombachas deverão estar sempre para dentro das botas.
BOTA: de couro, nas cores preta, marrom e amarela (baia).
ESPORAS: de uso obrigatório, sempre usado no calcanhar e com rosetas não pontiagudas.
FACA: O uso da faca na cintura é obrigatório para as categorias dos peões, exceto na gineteada, vedado para piás e guris e facultativo para as demais categorias. Quando utilizada, a faca deverá ter no mínimo 15cm e no máximo 30cm de lâmina e ser adequada ao uso campeiro.
2. PILCHA FEMININA
CHAPÉU: de feltro ou pelo de lebre com abas a partir de 6 cm, com a copa de acordo com as características regionais.
Obs. É vedado o uso de boinas e bonés.
BARBICACHO: de couro cru, sola ou crina, podendo ter algum enfeite de metal.
LENÇO: de uso opcional. Quando usado não poderá ser uma tira ou fita.
CAMISA: estilo social, com mangas longas ou curtas, com colarinho e botões na parte frontal, podendo ter cortes e características femininas (rendas, babados, etc), em cores sóbrias, de acordo com as determinações regionais. Sendo vedado o uso de camiseta e camisa gola polo.
CINTO (guaiaca): de uso opcional, porém quando usado, tendo de uma a três guaiacas, internas ou não, com uma ou duas fivelas frontais, ou artesanal de couro cru, com ou sem guaiacas, mas sempre com uma ou duas fivelas frontais.
TIRADOR: de uso opcional, exceto para pealar. Quando usado, este substituirá o cinto quando tiver um reforço na parte superior(cintura) imitando um cinto, com ou sem guaiacas e que tenha no mínimo uma fivela de tamanho grande(5 a 7cm).
FAIXA: de uso opcional. Quando usada deverá ser acompanhada do cinto e ser de lã, nas cores preta ou vermelha.
BOMBACHAS: com ou sem favo, sem bordados e sem pregas costuradas. Podendo ser de estilo feminino, ou seja, com aberturas laterais. A largura das bombachas, na altura da perna, será, aproximadamente, a mesma largura da cintura. Naturalmente as bombachas femininas serão mais estreitas do que as masculinas.
BOTA: de couro, nas cores preta, marrom e amarela (baia).
ESPORAS: de uso opcional. Quando utilizadas, deverão ser dotadas de rosetas não pontiagudas.
FACA: de uso opcional.
Obs.:
1) Aconselha-se que quando a prenda for montar com vestido ou saia, que ela use o selim e não as montarias convencionais.
2) Poderão também ser usados os trajes alternativos regionais, desde que devidamente comprovados e aprovados em Encontro Regional.





III - DA PILCHA PARA A PRÁTICA DE ESPORTES
Indumentária a ser utilizada nas atividades esportivas, tais como jogos de truco, bocha campeira, tava, etc.
1. PILCHA MASCULINA
CHAPÉU: de feltro ou pelo de lebre com abas a partir de 6 cm, com a copa de acordo com as características regionais, porém para as provas realizadas em locais cobertos, é vetado o seu uso.
Obs. É vetado o uso de boinas e bonés.
BARBICACHO: de couro cru, sola ou crina, podendo ter algum enfeite de metal.
LENÇO: no caso do uso com algum tipo de nó, com a medida de 25 cm a partir deste. Com o uso do passador de lenço, com a medida de 30 cm a partir deste. Nas cores vermelho, branco, azul, verde, amarelo, ou carijó nas cores supra citadas. É possível, ainda, carijó em marrom ou cinza.
CAMISA: estilo social, com mangas longas ou curtas, com colarinho e botões na parte frontal, em cores sóbrias, de acordo com as determinações regionais. Sendo vedado o uso de camiseta e camisa gola polo.
CINTO (Guaiaca): tendo de uma a três guaiacas, internas ou não, com uma ou duas fivelas frontais, ou de couro cru, com ou sem guaiacas, mas sempre com uma ou duas fivelas frontais, ambos deverão ter no mínimo 7cm de largura.
FAIXA: de uso opcional. Quando usada deverá ser de lã, nas cores preta ou vermelha.
BOMBACHAS – com ou sem favos, coincidindo a largura da perna com a largura da cintura, ou seja, uma pessoa que use suas bombachas no tamanho 40, automaticamente deverá ter, aproximadamente, uma largura de cada perna de 40 cm.
Obs.
- A largura das bombachas, na altura das pernas, deve ser tal que a caracterize como tal e não seja confundida com uma calça.
- As bombachas deverão estar sempre para dentro das botas.
BOTA: de couro, nas cores preta, marrom e amarela (baia).
CHINELO CAMPEIRO: em couro e fechado na frente.
TAMANCO: com cepa de madeira, em couro e fechado na frente.
ALPARGATAS: de lona com solado de corda, ou de couro com solado de couro.
FACA: é vedado o seu uso.

2. PILCHA FEMININA
CHAPÉU: de uso opcional, de feltro ou pelo de lebre com abas a partir de 6 cm, com a copa de acordo com as características regionais, porém para as provas realizadas em locais cobertos, é vedado o seu uso.
Obs. É vedado o uso de boinas e bonés.
BARBICACHO: de couro cru, sola ou crina, podendo ter algum enfeite de metal.
LENÇO: de uso opcional. Quando usado não poderá ser uma tira ou fita.
CAMISA: estilo social, com mangas longas ou curtas, com colarinho e botões na parte frontal, podendo ter cortes e características femininas (rendas, babados, etc), em cores sóbrias, de acordo com as determinações regionais. Sendo vedado o uso de camiseta e camisa gola polo.
CINTO (Guaiaca): de uso opcional, porém quando usado, tendo de uma a três guaiacas, internas ou não, com uma ou duas fivelas frontais, ou artesanal de couro cru, com ou sem guaiacas, mas sempre com uma ou duas fivelas frontais.
FAIXA: de uso opcional. Quando usada deverá ser acompanhada do cinto e ser de lã, nas cores preta ou vermelha.
BOMBACHAS: com ou sem favo, sem bordados e sem pregas costuradas. Podendo ser de estilo feminino, ou seja, com aberturas laterais. A largura das bombachas, na altura da perna, será, aproximadamente, a mesma largura da cintura. Naturalmente as bombachas femininas serão mais estreitas do que as masculinas.
BOTA: de couro, nas cores preta, marrom e amarela (baia).
CHINELO CAMPEIRO: em couro e fechado na frente.
ALPARGATAS: de lona com solado de corda, ou de couro com solado de couro.
FACA: é vedado o seu uso.

OBSERVAÇÕES GERAIS PARA TODAS AS SITUAÇÕES:
É vedado, por não fazerem parte da indumentária tradicional do gaúcho:
a. Bonés e boinas;
b. Barbicachos exclusivamente de metal;
Chapéus de couro, palha, ou qualquer material sintético;
Cinto com rastra (enfeite de metal com correntes na parte frontal);
Botas de borracha ou de lona.